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29 janeiro 2007

Violência x Games

Artigo publicado IDG NOW de hoje fala sobre regras rígidas propostas pela Alemanha para banir games violentos na UE. Leia abaixo um trecho do artigo:

"Um certo grau de ligação entre a violência na geração mais nova e o aumento da difusão de games violentos existe", afirma Franco Fratini, comissionário de Justiça da Europa. A violência em games se tornou uma questão política séria na Alemanha no final do último ano, quando Sebastian Bosse, de 18 anos, feriu 37 pessoas com uma arma de fogo em Emsdetteb, antes de se matar. A polícia disse que Bosse passou muitas das horas anteriores ao crime jogando "Counter Strike". O governo alemão propôs uma lei nacional banindo games que exibam violência contra personagens humanos.

E até o famoso Papa Bento XVI entrou na questão. Leia resumidamente:

"Qualquer tendência de se produzir programas e produtos – inclusive desenhos animados e videogames – que, em nome do entretenimento, exalta a violência e apresenta comportamentos anti-sociais ou a banalização da sexualidade humana constitui uma perversão, e é ainda mais repugnante quando tais programas são destinados às crianças e aos adolescentes".

O que acham?



Senta que lá vem história.

Quando pequeno, na faixa de 9 ou 10 anos, hoje tenho 29! O vídeo game não era algo tão popular. Jogava meu Atari umas 2 horas por dia. A noite, como não havia nada pra fazer, assistia filmes que vão de; Desejo de Matar e Dez minutos para morrer, até os Blockbusters, Exorcista, Profecia, Noite dos Mortos Vivos e clássicos de Guerra! Enfim, cresci vendo filmes violentos, filmes religiosos e de aventura surreais.

E o que isso me influenciou?

Bem, hoje sou apenas um psicopata maluco que tem como objetivo, invadir a Europa começando pela Albânia. Sem esquecer da criação de um “Albergue”, com o propósito de hospedar aquelas pessoas que são da parte oriental do mundo, sabe? E é claro! Não posso esquecer-me da parte religiosa do objetivo. Ser omisso a toda essa violência.

Em um passado não tão distante, fundei uma religião. Uma religião na qual as pessoas ditatorialmente são obrigadas a confessar seus pecados para a libertação. Afinal, Jesus não veio ao mundo para libertá-los. Somos nós representantes do senhor que damos o perdão, a absolvição completa.

Mas não se enganem com este pretexto amigos. Na época o que queríamos na verdade é ouvir toda essa gente. Ouvir seus pecados, seus desejos mais íntimos. Alguém deveria possuir o controle da Situação! A heresia deve ser banida, a Inquisição era a melhor alternativa!

Heliocentrismo? Faça-me o favor!

E vocês, me acham violento?
Que isso! Violentos são vocês!

Violentas são as mentes que desejam jogar essas “Coisas” de roubar carros, bater em outras pessoas, matar zumbis, atropelar velhinhas, beijar pessoas do mesmo sexo. Eu não! Eu só quero uma sociedade “Igualitária”. Se é que vocês me entendem! Quero um mundo em que “A aspiração sincera dos pais e professores de educar as crianças pelos caminhos da beleza, da verdade e da bondade e blá blá blá blá.....

Entenderam?

Realmente, tudo que leva a violência deve ser banida. Como "NOS" somos os donos do perdão, perdoaremos vocês! Inclusive a Alemanha já foi perdoada!

Mas, voltando a realidade, meus amigos. Essa história se resume em um famoso ditado:

“O sujo falando do mal lavado”.

Acabem com a violência na distribuição de armas, no racismo que ainda impera, na pobreza e não procurando uma explicação Psicológica. Se games violentos fosse motivo para tais absurdos, com certeza a Rockstar, Capcom e entre outras, estariam com seus exércitos de Psicopatas prontos para invadirem seus palácios de ouro e ditarem o caos e a violência no mundo.

Fui longe demais? Eles foram.

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